quarta-feira, 19 de março de 2014

As perguntas que vão salvar suas relações

**Texto publicado no blog Antes que eles cresçam, de Cris Leão , no dia 29/01/2014.

Quando eu era mãe de três pequenos, confusos e bonitos pestinhas*, tivemos dias que se prolongaram por vidas. Craig saia às 6h todas as manhãs e enquanto eu observava ele saindo de casa de banho tomado e ferro passado, eu me sentia incrivelmente abençoada e feliz por ter tanto tempo sozinha com meus bebês e extremamente aterrorizada e amargurada de ter tanto tempo sozinha com meus bebês. Se você não acredita que todos esses sentimentos podem existir ao mesmo tempo – bem, você nunca foi uma mãe de pequenos, bagunçados e lindos pestinhas.

Quando Craig voltava todos os dias às 18h (na verdade ele voltava às 17:50, mas levava um tempo INACREDITÁVEL para checar a caixa do correio ) ele ia atravessar a porta, sorrir e dizer – “Então, como foi o seu dia?”

Essa pergunta era como um holofote apontado diretamente para o abismo que existia entre a experiência dele de um “dia” e minha experiência de um “dia”. Como foi o meu dia?

A pergunta iria permanecer no ar por algum momento, enquanto eu olhava para o Craig e o bebê empurrava a mão na minha boca, como eles fazem – enquanto o mais velho gritou do banheiro: MAMÃE PRECISO DE AJUDA PARA FAZER O NÚMERO 2 e o do meio chorava no canto porque “Eu nunca, nunca posso beber o detergente. NUNCA! NEM UMA VEZ , mamãe!” E eu olho para o meu pijama manchado de espaguete, meu cabelo sujo e meu lindo bebê no meu quadril – e meus olhos vagam ao redor da sala, parando para observar os brinquedos salpicando no chão e a nova arte deslumbrante das crianças na geladeira.

E eu quero dizer:

Como foi o meu dia? Hoje foi uma vida. Foi o melhor dos tempos e o pior dos tempos. Houve momentos em que meu coração estava tão preenchido que parecia que ia explodir, e houve outros momentos em que meus sentidos estavam sob tal ataque intenso que eu tinha certeza ia explodir. Fiquei muito solitária e absolutamente desesperada para ficar sozinha. Eu estava saturada e bombardeada com tantos toques e, em seguida, no momento que eu coloquei o bebê no berço, eu ansiava para sentir sua pele doce novamente. Eu estava ao mesmo tempo, entediada e completamente sobre carregada com tanta coisa para fazer. Hoje foi demais e não foi suficiente. Era alto e silencioso. Foi brutal e bonito. Eu estava no meu melhor hoje e, em seguida , apenas um minuto depois, no meu pior. Às 03:30 de hoje, decidi que devemos adotar mais quatro filhos e, em seguida, às 3:35 eu decidi que devemos desistir das crianças que já temos e dá-las para adoção. Marido, quando seu dia é completamente e totalmente dependente dos humores, necessidades e horários de minúsculos, desarrumados e lindos pestinhas, o seu dia é todas as coisas e nenhuma das coisas, às vezes dentro do mesmo período de três minutos. Mas eu não estou reclamando. Isto não é uma reclamação, então não tente consertá-lo. Eu não teria meu dia De Nenhuma.Outra.Maneira. Só estou contando –  e é uma coisa infernalmente difícil de explicar – um dia inteiro com muitos bebês.

Mas eu estaria cansada demais para dizer tudo isso. Então, eu iria só chorar, ou gritar, ou sorrir e dizer “foi tudo bem” e, em seguida, entregar o bebê e sair correndo para o Target* a vagar sem rumo pelos corredores, porque isso é tudo que eu realmente queria. Mas isto seria um pouco triste, porque o amor é sobre realmente ser visto e conhecido, e assim eu não estaria sendo vista nem conhecida. Tudo era muito difícil de explicar. E fez de mim, uma pessoa solitária.

Então nós fomos foi para a terapia.

Através da terapia, aprendemos a perguntar melhor uns aos outros. Aprendemos que se você realmente quer conhecer as pessoas, se realmente se importa em conhecê-las – é preciso fazer melhores perguntas e, em seguida, realmente ouvir as respostas. Precisamos saber as perguntas que levam junto com elas esta mensagem: “Eu não estou apenas fazendo um protocolo aqui, eu realmente me importo com o que você tem a dizer e como você se sente. Eu realmente quero conhecê-lo.” Se não queremos respostas descartáveis​​, não podemos fazer perguntas descartáveis​. Uma pergunta com cuidado é a chave que vai desbloquear uma sala dentro da pessoa que você ama.

Então Craig e eu não perguntamos mais “Como foi seu dia? “.

Depois de alguns anos de prática, a intimidade das perguntas cresceram, agora nos encontramos perguntando um ao outro perguntas como estas :

Quando você se sentiu amado hoje?
Quando foi que você se sentiu solitário?
O que eu fiz hoje, que fez você se sentir apreciado?
O que eu disse que fez você se sentir despercebido?
O que posso fazer para ajudá-lo agora?

Eu sei. Um pouco estranho num primeiro momento. Mas não depois de um tempo. Não mais estranho do que fazer as mesmas malditas perguntas vazias que você sempre fez e que provocam as mesmas malditas respostas vazias que você sempre recebeu.

E agora, quando nossos filhos chegam em casa da escola, nós não dizemos: “Como foi seu dia?” Porque eles não sabem. O dia deles foi um monte de coisas.

Em vez disso, perguntamos:

Como você se sentiu durante o teste de ortografia?
O que você disse para a menina nova quando todos saíram no recreio?
Você se sentiu solitário durante todo o dia?
Algumas vezes você se sentiu orgulhoso de si mesmo hoje?

E eu nunca pergunto aos meus amigos: “Como você está? ” Porque eles também não sabem.
Em vez disso, eu pergunto:
Como está indo a quimio da sua mãe?
Como terminou a reunião com o professor do Ben?
O que está dando certo no trabalho agora?

As perguntas são como presentes – é o pensamento por trás delas que o receptor realmente sente. Nós temos que conhecer o receptor para dar o presente certo e fazer a pergunta certa. Presentes e perguntas genéricas são ok, mas presentes e perguntas pessoais fazem as pessoas se sentirem melhor. O amor é específico, eu acho. É uma arte. Quanto mais atenção e tempo você dá a suas perguntas, mais bonitas as respostas se tornam.

Já que a vida é uma conversa, faça com que seja uma boa conversa.


O texto original em inglês foi publicado no Huffington Post no dia 24 de Janeiro e escrito pela Glennon Doyle Melton, autora do best seller “Carry On, Warrior”. Ela divide seus textos, pensamentos e aprendizados no seu blog, Momastery.com.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Foi no Carnaval que passou...

E no Carnaval de 2014 teve foi muita festa nesta casa !!
Em fotos..

Teve Peter Pan em dobro brincando pelo salão

Teve papai e mamãe curtindo muita folia


Teve amigos fantásticos brincando juntos


Foi um carnaval de amigos, muito intenso, cheio de festas e crianças :)

sábado, 1 de março de 2014

Hoje é dia de Carnaval !

HOJE É DIA DE CARNAVAL (PALAVRA CANTADA)



Hoje é dia de carnaval
Amanhã é dia de carnaval
Depois de amanhã também é dia de carnaval
Só quarta-feira meio dia tudo volta ao normal.

Lá onde eu moro a minha casa é uma bagunça
Já esqueceram que eles tem que me cuidar
Não tem almoço nem jantar, nada fununcia
até vovó só quer saber de costurar
tem muitos panos pra purpurina
e lantejoulas pra fantasia
e com confete sem serpentina
e até a minha cama que era só minha
tem um cavalo branco de isopor
e que ninguém não sabe aonde por

Hoje é dia de carnaval
Amanhã é dia de carnaval
Depois de amanhã também é dia de carnaval
Só quarta-feira meio dia tudo volta ao normal.

E o meu irmão que é grandão fica mandando
eu pegar pluma e paete lá no salão
só porque ele é grande fica pensando
que criança é emprego de irmão
E o meu pai não toma conta
pensa que escola é a Mangueira
e toca samba a noite inteira
e a minha mãe de colombina
só quer saber de me fazer dormir
pra ela também sair por aí

Hoje é dia de carnaval
Amanhã é dia de carnaval
Depois de amanhã também é dia de carnaval
Só quarta-feira meio dia tudo volta ao normal!!