sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Será que Deus um dia vai nos perdoar pelo que fizemos ...

Esta frase, do personagem de Leonardo Di Caprio no filme Diamantes de Sangue, sempre me vem a cabeça quando vejo alguma coisa tão horrível como este ataque hoje a França.

Particularmente no meu coração, eu realmente não consigo entender como tanta violência pode existir...


terça-feira, 15 de setembro de 2015

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Só de Sacanagem!

Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? 



Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. 


Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. 

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. 
Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. 

Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar. Só de sacanagem! 

Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau." 

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!


Texto de Elisa Lucinda




sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Até que um dia a gente faz aniversário

Quanto tempo a gente perde na vida? 
Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. 

Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. 

Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. 
Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. 

Até que um dia a gente faz aniversário. 
37 anos. Ou 41.
Talvez 44. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. 
E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. 
Que esbanjamento.
Não falta muito pro jogo acabar
É preciso encontrar logo o caminho do gol.

Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso

Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. 
Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. 
E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.


Texto de Martha Medeiros, perfeito para hoje - meu aniversário !!






quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Fotografia Autoral

Fotografia é uma arte ou uma técnica ?

Desde sempre gosto de fotografar. Tudo. A paisagem, as pessoas, os animais ... mas gosto mesmo é de fotografar gente. De pegar um sorriso, uma cara pintada, um brilho nos olhos.. Eu achava que era uma arte.

Ai quando comecei a me profissionalizar percebi que é uma técnica, que envolve muito mais do que o olhar. Envolve o equipamento, a luz, o diafragma , o foco.

Hoje vejo que tudo se completa - a técnica, a arte, o olhar. E o amor.



Agora tenho meu site, me visitem:

www.cristianemota.com

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Curso de Pratica Urbana

Curso de prática de fotografia com o Prof. Carlos Cabera no Bosque da Barra. Por que é necessário muita prática para chegar lá.






sábado, 1 de agosto de 2015

Smash the Cake Beatriz

A Beatriz fez 01 ano e comemoramos com uma deliciosa sessão de Smash the Cake. A Bia não gostou nada de colocar a mão no bolo, mas rendeu uma linda sessão de fotos junto com meu ajudante preferido, o Gabriel, com direito a beijos roubados :)









* Atenção: Todas as fotos são postadas em baixa resolução.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Sim, eu ainda estou aqui. Mas mudei.

Tive que andar longe um tempo. Muita coisa mudou e estou reorganizando aos poucos minha nova rotina com a fotografia, a casa, os filhos, e até com o marido.
Desde o nascimento do Gabriel que eu já vinha pensando em mudar a nossa vida. Com eu publiquei em setembro de 2014, com o brilhante texto MUDE. E assim foi o processo, lento e pensativo. 
Mas a decisão final foi tomada mesmo no dia 23 de Março, junto com o texto É preciso ir embora. Foi neste dia que vi meu gerente subindo as escadas sozinho e senti que a hora era esta - por que a coragem pode faltar e o momento passa. Subi as escadas em um pulo só, parei do lado dele e disse que não ia ficar triste se meu nome estivesse na lista de demissões que estavam por vim. Voltei para minha mesa com um misto de alegria contida e desespero - louca, o que você fez!!! Pronto, o passo foi dado.
"É preciso ir embora. Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva. As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas."
Dia 01 de Abril fui demitida do meu emprego de 12 anos. Era o dia D na empresa. Sabia que muitas pessoas seriam demitidas. Já tinha feito um backup do meu laptop e retirado aos poucos a maior parte das coisas das minhas gavetas durante os dias anteriores. Meu chefe falou que eu facilitei muito a vida de um gerente. Eu me senti feliz com isso, e com todos os abraços que ganhei, com todos os amigos verdadeiros que fiz. Encerrei um ciclo muito bacana da minha vida na Telemar/OI, que me rendeu... uma vida. 
Não chorei desde então - já tinha chorado muito antes de tomar esta decisão. Não sinto que perdi algo por que a OI vai sempre fazer parte da minha vida. 
Já tinha uma viagem de ferias programada e aproveitei para colocar a cabeça no lugar e pensar novos projetos.
De volta a vida real, me dediquei de corpo e alma ao projeto de me profissionalizar na fotografia, e aprimorar esta paixão em registrar tudo por meio da minha lente. Desde então tenho aprendido, me divertido e, sobretudo, conhecido pessoas e histórias incríveis. Estou experimentando dia a dia o prazer de, pela primeira vez na vida, ser dona da minha força de trabalho e da minha agenda. 
Descobri a paixão pela fotografia de Newborn, arte que tem me envolvido cada vez mais. Me contratei 100% para cuidar da minha família e fotografar outras, com todo o prazer e amor desta vida.
E aqui estou eu.






quarta-feira, 24 de junho de 2015

E sempre que volto de Minas insistem em ficar por lá..

Voar: a eterna inveja e frustração que o homem carrega no peito a cada vez que vê um pássaro no céu. Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… Voar a vida não deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.
Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 737. E a gente descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar. Mas a grande complicação foi quando a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar.
E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família nas capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram cidades amadas para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.
A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te ofereceu mil tesouros e se odiar pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas.
E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos perrengues que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um chorinho de canto e suspirar sabendo que é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas você sabe que outras noites dessa virão.
Mas será que a gente aprende? A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar apartamentos vazios na nossa casa, transformar colegas em amigos, dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras?
Será que a gente aprende? A ser filho de longe, a amar via Skype, a ver crianças crescerem por vídeos, a fingir que a mesa do bar pode ser substituída pelo grupo do whatsapp, a ser amigo através de caracteres e não de abraços, a rir alto com HAHAHAHA, a engolir o choro e tocar em frente?
Será que a vida será sempre esta sina, em qualquer dos lados em que a gente esteja? Será que estaremos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá e vice versa? Será teste, será opção, será coragem ou será carma?
Será que um dia saberemos, afinal, se estamos no lugar certo? Será que há, enfim, algum lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão de incertezas que a gente insiste em fingir que acredita controlar?
Eu sei que não é fácil. E que admiro quem encarou e encara tudo isso, todo dia.
Quem deixou Vitória da Conquista, São José do Rio Preto, Floripa, Minas Gerais, Recife, Sorocaba, Cuiabá ou Paris para construir uma vida em São Paulo. Quem deixou São Paulo pra ir para o Rio, para Brasília, Dublin, Nova York, Aix-en-provence, Brisbane, Lisboa. Quem deixou a Bolívia, a Colômbia ou o Haiti para tentar viver no Brasil. Quem trocou Portugal pela Itália, a Itália pela França, a França pelos Emirados. Quem deixou o Senegal ou o Marrocos para tentar ser feliz na França. Quem deixou Angola, Moçambique ou Cabo Verde para viver em Portugal. Para quem tenta, para quem peita, para quem vai.
O preço é alto. A gente se questiona, a gente se culpa, a gente se angustia. Mas o destino, a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque. Alguns não vão. Mas nós, que fomos, viemos e iremos, não estamos livres do medo e de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre livres do medo de nunca termos tentado. Keep walking.

* Texto de Ruth Manus, publicado originalmente no Estadão. Mas podia ser meu.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Todo mundo precisa de um tempo

Por isso eu sumi.
Muita coisa aconteceu e meu tempo ficou curto, e - eu mudei. Mudamos sempre.

Neste tempo:
- Fui a Disney
- Fui a Minas
- Fui demitida do emprego de 9 anos
- Me tornei uma fotógrafa
- Meus filhos adoeceram, e adoeceram.
- Perdemos uma avó querida.
- Estou me descobrindo como Dona de casa
- A vida não para.

Mas varios posts vem por ai.



segunda-feira, 11 de maio de 2015

“Ao arrancarem meu crachá, senti como se estivessem arrancando a minha pele”

Por Claudia Giudice   

11 horas da manhã do dia 13 de agosto de 2014. Não era sexta-feira, mas pareceu ser. Eu estava sentada na plateia do Fórum Exame Brasil 2020, no Hotel Unique, em São Paulo. Aguardava a palestra do candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, marcada para as 12h10. 

Com a brochura do evento na mão, passou um flash pela minha mente. O que faço se perder o emprego? Era uma premonição. Mas eu ainda não sabia disso. Comecei a escrever num caderno em branco enquanto o Eduardo Giannetti da Fonseca falava. 

Na primeira página, as minhas receitas: alugueis de imóveis, pró-labore da minha pousada na Bahia, pensão do meu filho, investimentos e indenização. Na folha seguinte os custos fixos: escola e inglês do meu filho, clube, plano de saúde, ajuda de custo para meus pais, salário da Maria, salário da faxineira, internet, Netflix, luz, gás, condomínio, IPTU, alimentação, terapia, gasolina, IPVA, viagens. Na folha seguinte, a conta de padaria mostrava que ia faltar dinheiro. Comecei a cortar. 

E numa outra folha listei alguns desejos: 
1. Doutorado na USP, 
2. Projeto Professora, 
3. Projeto Consultoria, 
4. Projeto Escritora, 
5. Projeto Comunicação e
 6. Projeto Aldeia Hippie. 

Não fui adiante na lista de projetos porque um zunzunzum tomou conta da sala. Um avião havia caído em Santos. Um post na rede social dizia que Eduardo Campos estava a bordo. Fechei o caderno e lembrei que um dia eu fora repórter. Comecei a apurar. Liguei para amigos que faziam a campanha dele. Era verdade. Soube depois que Eduardo havia desistido de participar do Fórum. Mudou de roteiro e escolheu viajar de avião para ao litoral paulista. Saí do evento abalada com sua morte e voltei para o escritório, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Era diretora de uma grande unidade de negócios na maior editora do país. Tinha muito serviço me esperando e esqueci a premonição, que ficou anotada à caneta no caderninho. 11 horas da manhã de 25 de agosto de 2014. 

Doze dias depois. Estava na minha mesa. Era o dia D na empresa. Sabia que muitas pessoas seriam demitidas. Havia falado com minha chefe e ela estava tranquila. Tinha estado com um acionista e com o presidente. Feedbacks positivos. Toca o telefone. O presidente executivo, que assumira há pouco tempo, e fora meu par dois anos antes, queria falar comigo. Subi, entrei em sua sala sorrindo e ouvi o que ele tinha a me dizer: Claudia, você está sendo demitida. Consegui manter o sorriso no rosto, acho. E apenas perguntei: Onde eu assino? Saí da sala com a folha assinada na mão. Tremia junto com ela. Fui direto falar com minha chefe. Perguntar por que ela não me demitiu. Fui demitida, eu disse. Eu também, ela respondeu. Eu, pelo presidente executivo. Minha chefe pelo chefe dele, como mandava a etiqueta hierárquica. 

Desci para o meu andar, reuni as redações num canto – naquele momento eu respondia por 24 marcas e liderava mais de 200 pessoas – e dei a notícia para todos de uma só vez para evitar que o falatório ficasse ainda maior. Um discurso rápido. Agradeci a todos e fui cuidar da burocracia. Meu desejo era ir embora dali o mais rápido possível. Sentia alívio, porque estava vivendo sob enorme pressão já há muitos meses. No ano anterior, não havia entregue o resultado prometido, pela primeira vez em 10 anos ocupando em cargos de direção – eu estava na profissão há 30 anos e na empresa desde 1990, com uma breve interrupção. Naquele duro ano de 2014, o cenário era ainda pior. Depois de oito meses de trabalho intenso, acumulávamos perdas e mais perdas. Era boa a sensação de saber que não precisaria mais nadar contra aquela correnteza. 

Aí lembrei da premonição de duas semanas antes. Preciso encontrar aquele caderno para ver quais eram os meus projetos. Ainda com a adrenalina nas alturas, dei a notícia à família – sempre uma missão árdua. Contei, numa raquetada, para meu pai: Fui demitida, preciso que você pegue o Chico, seu neto, na escola. O resto do dia foi de falar com gente: um zilhão de ligações, e-mails, zap-zaps, conversas com amigos e ex-colegas. Falar faz bem nessa hora. Espanta os pensamentos cáusticos, distrai a dor, prolonga o estofo oferecido pela adrenalina. 

Era neófita no assunto. Nunca havia sido demitida. Tive sorte. Tinha uma viagem de férias marcada para os Estados Unidos naquela semana. Fui e me fez bem. Escapei da falta de rotina dos primeiros dias sem crachá. Escapei da pressão familiar e dos amigos, que querem te deixar bem a qualquer preço – e, sem querer acabam escarafunchando a ferida. Lá, bem longe de casa, desabei pela primeira vez. Chorei feito criança pequena, abandonada, no escuro. Não era medo. Nem necessidade. Não tinha urgência de arrumar outro emprego. Era a dor de perder algo que eu amava. Era a dor de ter sido rejeitada. Sofria porque, ao arrancarem meu crachá de 23 anos, arrancaram junto a minha pele. Estava em carne viva. Doía, latejava, ardia. Por que eu? Por que não me quiseram mais? Por que me descartaram? Por que me despiram da minha identidade? Hoje, oito meses depois, sei exatamente os motivos e entendo a escolha. Talvez fizesse o mesmo no lugar deles, apesar de continuar me achando uma boa profissional, comprometida, uma boa líder e uma boa gestora. Mas, como dizem por aí, quem vive de passado é museu. 

Declinei a vaga oferecida na ala dos dinossauros e fui, como dizem lá na Bahia, procurar a minha melhora. 

No último dia 6 de abril, já de pele nova, entreguei o arquivo do meu livro Vida Sem Crachá para a Ediouro, que deve lançá-lo no segundo semestre. Nele conto como processei a saída da vida executiva e a perda de coisas como holerite, email e celular da firma. E principalmente, narro histórias inspiradoras de gente que, como eu, partiu para um plano B. Tem comédia, tragédia e muitas ideias para começar de novo. Espero, sinceramente, ajudar os próximos da fila a enfrentar esse momento tão difícil e, ao mesmo tempo, tão disruptivo, tão revolucionário, tão transformador. 

Desde dezembro, assumi minha pousada pé na areia, A Capela, com 14 apartamentos, no litoral Norte de Salvador, como meu plano A. O primeiro trimestre de 2015 foi sensacional. Crescemos 80% relação ao ano anterior graças ao aumento do número de apartamentos e uma taxa de ocupação espetacular. Foi o melhor verão da minha vida. Trabalhei, aprendi, me diverti e, sobretudo, conheci pessoas e ouvi histórias incríveis. Fui, dia a dia, experimentando o prazer de, pela primeira vez na vida, ser dona da minha força de trabalho e da minha agenda. Decidi que não queria voltar a ter crachá e parei de procurar emprego. 

Me contratei para cuidar com quatro olhos da minha pousada. Me contratei para escrever o blog A Vida Sem Crachá, livros, crônicas, contos e poemas. Estou montando uma plataforma de comunicação para dar suporte ao livro. Espero desdobrá-lo em outros livros, cursos, workshops e consultoria. Estou cumprindo à risca o plano que escrevi naquela triste quarta-feira (13 de agosto não tem como não ser um dia agourento, né?). 

Estou feliz. E é isso que aproveito para lhe desejar aqui.   


Claudia Giudice, 49, empresária, jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade São Paulo, ex-executiva. Trabalhou por 23 anos na maior editora de revistas do país e teve seu nome impresso em todos os expedientes, com exceção, justamente, veja só, das revistas de negócios da casa. -

terça-feira, 5 de maio de 2015

Bodas de Papoula ou Barro - Os 8 Anos de Casamento







Quando te vi passar fiquei paralisado

Tremi até o chão como um terremoto no Japão

Um vento, um tufão, Uma batedeira sem botão

Foi assim, viu Me vi na sua mão


Perdi a hora de voltar para o trabalho

Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei

Mil coisas eu deixei só pra te falar

Largo tudo se a gente se casar domingo

Na praia, no sol, no mar Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar

Quem vai sorrir? Quem vai chorar?
Ave Maria, sei que há Uma história pra sonhar
Pra sonhar

O que era sonho se tornou realidade

De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem

Nossa Jerusalém, Nosso mundo, nosso carrossel

Vai e vem vai E não para nunca mais

De tanto não parar a gente chegou lá

Do outro lado da montanha onde tudo começou

Quando sua voz falou Pra onde você quiser eu vou

Largo tudo Se a gente se casar domingo


Na praia, no sol, no mar Ou num navio a navegar
Num avião a decolar Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir? Quem vai chorar?
Ave Maria, sei que há Uma história pra contar

Domingo na praia, no sol, no mar ou num navio a navegar

Num avião a decolar Indo sem data pra voltar

Toda de branco no altar

Quem vai sorrir? Quem vai chorar?

Ave Maria, sei que há Uma história pra contar
Pra contar

Pra Sonhar 

Marcelo Jeneci

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Disney, um sonho possível

Enquanto este Post vai ao ar estaremos voando rumo a Disney com toda a família, para a viagem dos sonhos. Isso é real .



sexta-feira, 10 de abril de 2015

Encerrando Ciclos

Foram 9 anos de Oi. 
Neste tempo troquei de áreas, mudei para o Rio, troquei de equipes, de projetos. 
Fiz grandes amigos. Conheci o Wagner, namorei, casei e tive 02 carioquinhas lindos.
A OI faz parte da minha estória, faz parte da minha família, e despedir de família não existe.

Obrigada a cada um de vocês que estão ao nosso lado nesta longa caminhada chamada vida.
Saio hoje com a certeza que cada passo é cada pessoa esteve no momento certo, e para sempre no meu coração. Obrigada! 

Neste dia 01 de Abril encerrei  um grande e bacana ciclo da minha vida.
Novos caminhos virão.


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, 
e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmo lugares.

E tempo da travessia;  e, se ousarmos faze-la teremos ficado, 
para sempre, a margens de nós mesmos. “
Fernando pessoa.

terça-feira, 31 de março de 2015

Corre Menina, Corre!


Como alguém disse.. "correr é basicamente um passatempo absurdo pelo qual as pessoas se cansam. Mas, se você conseguir achar um significado para cada treino seu, talvez você seja capaz de achar um significado para um outro passatempo absurdo: a vida.”


segunda-feira, 23 de março de 2015

É preciso ir embora

Achei este texto hoje no blog Antônia no Divã e resolvi publicar aqui, por que é algo que tenho pensado bastante...

"É preciso ir embora.

Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.

Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas."
 

quinta-feira, 19 de março de 2015

Desafio de secar - o resultado

Ops,
demorei para postar o resultado do desafio de secar mas esta ai !

Hoje ( 19/03/2015) = 54 Kg - Delícia!

Emagrecer apos os 40 não é nada fácil, tem que ter disciplina mesmo - dieta e exercícios. Em tempos atrás a dieta que me impus teria me emagrecido horrores, agora fico muito feliz com os 6 Kg perdidos !!!

A meta agora é mais uns 2 para engordar tudo de novo nas féeerias !!!!


sábado, 21 de fevereiro de 2015

Velha e Louca




Pode falar que eu não ligo
Agora, amigo
Eu tô em outra
Eu tô ficando velha
Eu tô ficando louca

Pode avisar que eu não vou
Oh oh oh
Eu tô na estrada
Eu nunca sei da hora, Eu nunca sei de nada

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

Pode falar que nem ligo
Agora eu sigo o meu nariz
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca

Pode falar, não importa
O que tenho de torta
Eu tenho de feliz
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom


Velha e Louca 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Manual do bom folião - CARNAVAL!

E o Carnaval esta chegando ! Com ele muitos blocos, CALOR, alegria, CALOR, bebidas , Calor... sim, esta muito calor na cidade maravilhosa (e ao que parece em grande parte do Brasil..).

Vamos ao Manual do bom folião para que todos aproveitem a folia sem cair em uma roubada! Dicas para pular carnaval com crianças :)

Nunca pule o Carnaval em jejum Ao se alimentar, prefira coisas leves, com pouca gordura, e dê preferência aos carboidratos e alimentos integrais – assim você tem energia para sambar o dia inteiro. Vale levar na mochila frutas, biscoitos globo e chips para não enfrentar as longas filas e as crianças ficarem tranquilas.

Beba muita água
Muita agua, isotônicos e sucos. Vale demais uns sacolés de fruta natural para os pequenos (e os grandes também). Tem alguns blocos, como o Buda da Barra, que joga agua na galera e ajuda bastante a refrescar. ++ Minha mochila é térmica, uma das melhores compras que já fiz!

Escolha uma fantasia
O Saara, no Centro do Rio, continua sendo o melhor lugar da cidade para esta missão. Com 50 reais é possível vestir-se da cabeça aos pés. Mas nada de roupa pesada, vamos usar menos roupa nas crianças para não sofrerem no calor deste Rio de Janeiro - para as mamães uma flor no cabelo fica linda! Aproveite para comprar muita serpentina e confete e deixa aquele horrível spray de espuma longe!!

Mantenha o espírito leve
Perder o humor por causa do trânsito, por exemplo, não vale a pena. Se um bloco estiver parando o trânsito e, como diria Mário Quintana, atravancando seu caminho, desça do ônibus e caia na folia.

Conheça os blocos
Informe-se sobre o estilo de cada um e encontre o mais parecido com você. De Raul Seixas a Beatles, existem blocos para todos os gostos. Este ano são 465, a maioria (177) na Zona Sul.

Vá de metrô
Sempre que possível utilize esse tipo de transporte. É mais rápido, seguro e você evita congestionamentos. Ir de carro costuma ser furada, especialmente na hora de achar uma vaga.

Não jogue lixo no chão
Lixeira é o que não falta na cidade. Em alguns lugares, como na orla de Copacabana, a distância entre os contêineres da Comlurb é de 25 a 50 metros. Cuide da cidade.

Não faça xixi na rua
A fiscalização é rigorosa e, se for flagrado, você passará o constrangimento de ser levado à delegacia como mijão. Os banheiros químicos estão longe de ser confortáveis, mas ainda são a melhor opção. Este ano, serão mais de 20 mil banheiros químicos – 33% a mais do que em 2013.

Reponha as energias
No dia seguinte à esbórnia, cuide de sua saúde bebendo muita água e reduzindo sal e açúcar. Um bom prato de salada, que possui fibras, seguido de macarrão com filé de frango ou peixe é uma ótima pedida. Um dia de descanso vale muito !

Cuidado com a carteira
No caso dos homens, evite guardá-la no bolso de trás. Às mulheres, recomenda-se colocar a bolsa na frente do corpo. Deixe objetos de valor em casa e evite dor de cabeça, leve na mochila apenas o essencial.

Identifique o seu filho
Leve seu filho ao local da festa já com uma pulseira de identificação, onde conste o seu nome completo e o do responsável que esteja presente no local, além do número do telefone celular do adulto. Este procedimento simples dará mais liberdade para o seu filho e mais tranquilidade para você.

Com o Rio de Braços Abertos
Com o Rio De Braços Abertos é um movimento que inspira as pessoas a fazer a sua parte pelo bem do Rio de Janeiro, para turistas e, acima de tudo, para o próprio carioca. Criado por Veja Rio e com patrocínio da Petrobras e da Prefeitura do Rio, o projeto pretende incentivar cada um a fazer sua parte para tornar a cidade melhor para todos. Nós amamos o Rio. Por isso, temos a responsabilidade de cuidar dele!

De Braços Abertos, sempre.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Desafio :30 Dias para Secar

30 dias para Secar.
Meu novo projeto!
Hora de acordar com 2015 e dar uma melhorada no corpo!

Inicio: 02/02/2015
Fim: 02/02/2015
Peso: 60 Kg


Exercícios: MIX Funcional 40 Todo dia 
(Quarenta Minutos no mínimo de exercícios todos os dias)

Segunda: Academia - Musculação
Terça:  Funcional na Praia
Quarta: Academia - Musculação
Quinta: Funcional na Praia
Sexta: Academia - Musculação
Sábado: Nadar com os filhos
Domingo: Corrida na praia


Dieta:
A Dieta segue uma redução alimentar nestes 30 dias. 
Está adaptada pra mim, que vou treinar de manhã 2x por semana 

Pré - Treino (Dia de treino é 5:40hs)
01 fruta + farinha de chia OU
1 Iorgute + 01 colher chia + 01 colher de óleo de coco +1 fruta OU
1 Iorgute + Suco de Uva Integral + chia

Café da manha (9:00hs)
Sanduba de pão integral ou árabe com queijo branco + peito de peru OU
1 Ovo Mexido Ou
1 Tapioca com queijo minas

Almoço (12hs)
2 Colheres de Arroz Integral OU 1 Raiz Media OU 2 pegadores de massa
1 File de peixe ou 3 colheres de carne
2x por semana leguminosa (Feijão/Lentilha/grão de bico/ vagem)
1 tipo de legume - abobrinha, berinjela, chuchu
Salada a vontade (temperar com azeite)

Lanches da Tarde (15hs)
Milho cozido
1 Pacote de biscoito polvilho
1 Pacote de cookies + 1 Suco
Salada de fruta com Chia

Lanche da manha (18hs)
Barra de Quinua OU
3 Unidades de ameixas secas + 2 Unidades de castanha
1 Fruta + 1 barra de granola (BIO2) OU
1 Fruta + copo de agua de coco

Jantar (ZERO Carboidrato) 21hs
Omelete de queijo magro + Legumes (cebola, tomate, cogumelos)
Salada Caprichada + Ovo
1 Tipo de Carne + Legumes (File de peixe com brócolis + cenourinha)
Sachimi a vontade + shita + shimeji + 8 rolls com arroz

Ceia (Se estiver acordada...) 
1/2 Manga OU 10 Uvas sem caroco OU 1 Laranja com bagaço OU  1 Tangerina OU 1 Iogurte

Bebidas:
Água ou suco cítrico (Limonada, suco maracujá)

Doce - Chocolate 70%

Proibido:
- Bebida alcoólica
- Refrigerantes
- Açúcar em geral

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Retrospectiva 2014

Meu primeiro post de 2015 vai atrasado, estava de Férias !!

Uma retrospectiva de 2014.

2014 foi um ano insonso. 
Um ano que simplesmente passou, e a vida andou por ela mesma.
Não fizemos uma viagem interessante.
Não fui a Montes Claros.
Não tomei grandes decisões.
Passei por uma paralisia profissional.
Treinei correr, mas corri mesmo do que eu queria.
Fui menos mãe do que queria também apesar de ter cheirado muito minhas crias.


E assim foi.
Como um ano que passou em minha vida.
Mas onde fortaleci amizades, brindei a vida e me diverti - como sempre !

Teve copa do Mundo e nos divertimos muito, apesar do Brasil ter sido eliminado por 7X0 pela Alemanha...